No dia seguinte, na hora do intervalo, eu cheguei no Miguel, ele estava mais pálido que o normal. Eu toquei em uma de suas bochechas, estava muito gelada. Com um ar frio ele disse:"O que você quer?", eu fechei os olhos, olhei para o chão e respondi: "Nada, só queria saber se você estava bem". Naquela hora, eu percebi que não ia ser fácil dizer um "eu te amo".
Quando a aula acabou, eu falei se Yasmim poderia fazer um aparelho eletrônico no mesmo dia, quando eu fosse para a casa dela. Eu queria como se fosse um DVD portátil, na forma de um celular, e viria apenas com um vídeo, o vídeo que diria o que eu sinto por ele. Ela aceitou sem problemas, e depois de três horas, o aparelho estava pronto.
No dia seguinte, eu só teria que entregar o aparelho e ir embora, mas aconteceu mais do que isso. Na hora da saída eu entreguei, e quando estava indo embora ouvi ele gritar: "Estela!", eu me virei, fiquei tão feliz quanto quando concluí a primeira aula de ballet, eu fui até ele, ele demonstrou decepção e disse: "pare de me pregar peças. Pensei que isso fosse importante", depois disso, ele me deu o aparelho "pensei que fosse mais madura que isso". Depois disso, fiquei parada como uma estátua, fiquei uns 10 minutos assim. Depois eu fui para casa, e fiquei o resto do dia em meu quarto, chorando, pensando como ele pôde achar que fui imatura ao dizer que eu o amo.
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